sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Antipsiquiatria

O termo antipsiquiatria passou a ser usado na década de sessenta para designar uma corrente doutrinária na área de saúde mental que tinha por característica principal contestar a validade da Ciência Médica para resolver os problemas de psiquiatria. 

Seus conceitos propagaram-se para áreas afins, no bojo dos movimentos de protesto das conturbadas décadas de 60 e 70, que julgam não existir doenças mentais e que a nosologia médica psiquiátrica não passa de um conjunto de rótulos, apregoando o fechamento dos estabelecimentos médicos psiquiátricos.  Roudinesco [1], em seu Dicionário de Psicanálise, fornece a seguinte definição: 

Embora o termo antipsiquiatria tenha sido inventado por David Cooper num contexto muito preciso, ele serviu para designar um movimento político radical de contestação do saber psiquiátrico [grifo nosso], desenvolvido entre 1955 e 1975 na maioria dos grandes países em que se haviam implantado a psiquiatria e a psicanálise [grifo nosso]: na Grã-Bretanha, com Ronald Laing e David Cooper; na Itália, com Franco Basaglia; e no Estados Unidos, com com as comunidades terapêuticas, os trabalhos de Thomas Szasz e a Escola de Palo alto de Gregory Bateson. (...) Como utopia, a explosão da antipsiquiatria foi radical, e Cooper sublinhou isso ao discursar em Londres, na tribuna do congresso mundial de 1967, o qual almejava inscrever a antipsiquiatria no quadro de ummovimento geral de libertação dos povos oprimidos [grifo nosso] (...) Cooper prestou uma vibrante homenagem aos participantes da comuna de 1871, que haviam atirado nos relógios para acabar com “o tempo dos outros, o dos opressores, e assim reinventar seu próprio tempo” [observe a orientação política anarquista]. 

Antipsiquiatria é uma ideologia perniciosa, de inspiração anarquista. É formada pela confluência de várias correntes de pensamento que dominaram a sociedade ocidental a partir do final do Século XIX e parece que se adentrará, infelizmente, pelo XXI.


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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Recente hiato do aquecimento global ligado ao resfriamento da superfície do Pacífico equatorial

Yu Kosaka e Shiang-Ping Xie, do Instituto Scripps, da Califórnia, na "Nature" fala sobre o resfriamento do pacífico, que segundo eles explicaria porque as temperaturas pararam de subir há 15 anos.

[tradução google] 


Apesar do contínuo aumento das concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa, a temperatura global anual-média não aumentou no século XXI, 1, 2, desafiando a visão predominante de que força antropogênica causas aquecimento climático. 

Foram propostos vários mecanismos para este hiato no aquecimento global 3, 4, 5, 6, mas a sua importância relativa não foi quantificado, dificultando as estimativas de observação de sensibilidade climática. Aqui nós mostramos que representando recente resfriamento do Pacífico equatorial oriental simulações climáticas reconcilia e observações. 

Nós apresentamos um novo método de descobrir mecanismos para mudança de temperatura global, ao prescrever, além de forçamento radiativo, a história observado da temperatura da superfície do mar sobre o centro para o leste tropical do Pacífico em um modelo climático. 

Embora a temperatura da superfície da prescrição está limitado a apenas 8,2% da superfície global, o nosso modelo reproduz a temperatura global média anual-notavelmente bem com o coeficiente de correlação r = 0,97 para 1970-2012 (que inclui o hiato de corrente e de um período de aquecimento global acelerado ).

 Além disso, nossa simulação captura principais características sazonais e regionais do hiato, incluindo a intensificação da circulação de Walker, o resfriamento de inverno no noroeste da América do Norte e da seca prolongada no sul dos EUA. Nossos resultados mostram que o hiato atual é parte da variabilidade natural do clima, ligada especificamente a um La-Niña como da década de refrigeração. Embora os eventos hiato decadais semelhantes podem ocorrer no futuro, a tendência de aquecimento multi-decadal é muito provável que continue com o aumento do gás de efeito estufa.



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ártico se Recupera



A superfície gelada do Ártico, que como é rotineiro nos últimos anos vinha se encolhendo no verão, em 21 de agosto 2013 atingiu uma superfície 60% maior que na mesma data do ano passado.

A superfície do gelo atingiu nessa data 2,25 milhões de milhas quadradas (5,83 milhões de quilômetros quadrados). Em 16 de setembro de 2012 ela alcançou o mínimo absoluto do ano, com 1,67 milhão de milhas quadradas (4,34 milhões de quilômetros quadrados) segundo os dados satelitais publicados pela NASA.

A maior expansão da camada de gelo do Polo Norte já registrada foi em 1996, quando o gelo cobria 3,16 milhões de milhas quadradas (8,2 milhões de quilômetros quadrados).

No Polo Norte não há terra embaixo do gelo – como acontece no Polo Sul –, e a superfície gelada forma uma casca de cinco metros de profundidade média – 200 metros nos locais mais densos. Por isso é muito sensível a ligeiras modificações e sua superfície muda muito de ano em ano. Na Antártida, por exemplo, a camada de gelo atinge por vezes 4.000 metros sobre a terra!

Submarinos americanos em missão científica têm emergido no próprio Polo Norte, quebrando essa casca relativamente frágil.

Silenciado pela imprensa, o crescimento cíclico do gelo antártico
é mais importante que o derretimento cíclico do Ártico
De muito maior envergadura é o que está acontecendo com o gelo da Antártida, no Polo Sul. Ele está no auge de seu ciclo de crescimento e provavelmente chegará à maior extensão já mensurada: 7,45 milhões de milhas quadradas (19,3 milhões de quilômetros quadrados) em 21/08/2013, segundo a mesma NASA.

O fenômeno obedece a fatores peculiares e envolve volumes de água muitíssimo superiores, mas como atrapalha o terrorismo midiático, é pouco ou nada noticiado pela mídia.

O ciclo de crescimento e decrescimento da superfície gelada do Ártico vem sendo acompanhado há muito. Existe hoje farta documentação científica e histórica sobre essas mudanças cíclicas.