INTRODUÇÃO
O sucesso na realização da análise de risco é resultado de um amplo e detalhado
mapeamento das ameaças, riscos e da compreensão das conseqüências resultantes da sua
concretização. Por isso a necessidade de se realizar o estudo dos riscos, através das técnicas
apropriadas. As técnicas de avaliação de risco estão divididas em dois grupos distintos, com
características peculiares e agrupadas de acordo com o tipo e formato de dados.
O primeiro grupo utiliza técnica subjetiva, são os métodos qualitativos, o segundo grupo utiliza técnica objetiva, são os métodos quantitativos. Em alguns casos pode ser necessária a utilização de ambas as técnicas, trazendo assim
resultados mais consistentes.[1]
A premissa da análise HAZOP é que os riscos, assim como os acidentes, acontecem por
desvios das varáveis daquele processo, saindo assim dos parâmetros normais de processo. O método nasceu em 1963, na Imperial Chemical Industries, para análise de processos químicos.[2]
O estudo de identificação de perigos e operabilidade conhecido como HAZOP é uma técnica de análise qualitativa desenvolvida com o intuito de examinar as linhas de processo, identificando perigos e prevenindo problemas. Porém, atualmente, a metodologia é aplicada também para equipamentos do processo e até para sistemas.
O método HAZOP é principalmente indicado quando da implantação de novos processos na fase de projeto ou na modificação de processos já existentes. O ideal na realização do HAZOP é que o estudo seja desenvolvido antes mesmo da fase de detalhamento e construção do projeto, evitando com isso que modificações tenham que ser feitas, quer no detalhamento ou ainda nas instalações, quando o resultado do HAZOP for conhecido. [3]
A realização da análise HAZOP consiste em analisar sistematicamente as causas e as conseqüências dos desvios das variáveis que definem um processo contínuo, através das chamadas palavras guias.[4]
[...] O HAZOP é conveniente para projetos e modificações tanto grandes quanto pequenas. Às vezes, muitos acidentes ocorrem porque se subestima os efeitos secundários de pequenos detalhes ou modificações, que à primeira vista parecem insignificantes e é impossível, antes de se fazer uma análise completa, saber se existem efeitos secundários graves e difíceis de prever.
Além disso, o caráter de trabalho em equipe que o HAZOP apresenta, onde pessoas de funções diferentes dentro da organização trabalham em conjunto, faz com que a criatividade individual seja estimulada, os esquecimentos evitados e a compreensão dos problemas das diferentes áreas e interfaces do sistema seja atingida. Uma pessoa, mesmo competente, trabalhando sozinha, freqüentemente está sujeita a erros por desconhecer os aspectos alheios a sua área de trabalho. [5]
CONCLUSÃO
Como mapeamento das ameaças o método HAZOP é recomendado tanto na fase de
desenvolvimento como nas etapas de operação, ele é igualmente útil quando se deseja fazer
modificações no projeto.
Sua operação através da análise dos desvios das variáveis, utilizando palavras guias, estimula a criatividade dos envolvidos ajudando na compreensão de problemas nas mais variadas áreas evitando acidentes causados por desconhecimento de um setor que lhe é estranho.
[1] NETTO, Geraldo da silva rocha. Forodeseguridad. http://www.forodeseguridad.com
Ultimo acesso em 12 de junho de 2011
[2] ENCINAS, Lopés Oscar. Abracopel. ANÁLISE DE RISCOS "HAZOP" PARA SUBSTAÇÕES ELÉTRICAS. 3 Colégio Alternativo. Análise de Riscos – AMFE/HAZOP. Disponível em : http:// alternativorg.wdhousedns.com.br/10-Analise_de_Riscos-AMFE-HAZOP.pdf
Ultimo acesso em 12 de junho de 2011
4Id.ibid. ENCINAS.
[5] Id.ibid. Colégio Alternativo.
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Os quadros abaixo foram retirados do website: http://www.abracopel.org.br/index.php?s=interna&t=noticias&id=57
Variáveis | Desvios | Causas | Conseqüências | Recomendações |
Tensão | NÃO | |||
Tensão | MAIS | |||
Tensão | MENOS | |||
Intensidade | NÃO | |||
Intensidade | … |
Variáveis | Desvios | Causas | Conseqüências | Recomendações |
Tensão | NÃO | Desconexão do transformador | Sem tensão nem alimentação na posição. Apertura de todos os disjuntores de todas as posições. | Colocar relé 27 de baixa tensão. |
Tensão | MAIS | Por cargas muito desequilibradas. | Eleva a tensão nas barras e abertura da subestação. | Colocar três TI para cada posição (um TI por fase). |
Tensão | MENOS | Conexão de cargas (normalmente motores muito desequilibrados). | A tensão diminui ocasionando uma queda na rede, cada vez maior e mais difícil de resolver. | Colocar relé 27 de baixa tensão. |
Intensidade | NÃO | Sem conexão com transformador de alta e transformador de baixa. | Sem intensidade na posição. | (*) Proposta de desenho: |
Pressão | NÃO | Fuga da cabine do SF6. | Menor poder de corte, origem de curtos, explosão do disjuntor se curto-circuito, etc. | - Colocar Alarme. |
Temperatura | MAIS | Deficiência nos contatos da cabine. | Degradação dos isolantes e da parte ativa (pólos). | Colocar medidas de TEMPERATURA e alarmes. |
… | … | … | … | … |