Safaris de caça, em áreas organizadas, são
permitidos e legalizados na maioria dos países, sem o mínimo risco de
extinção das espécies alvo, sendo incentivado por departamentos de fauna
e turismo como fonte de divisas e no auxílio da fiscalização e
perpetuação das espécies.
A caça organizada tem gerado indignações naquelas pessoas que pouco conhecem da realidade da caça no Brasil e no resto do mundo. Esta inquietude tem se originado a partir de campanhas promovidas por pessoas que, distanciadas do conhecimento técnico-científico, assumem postura radical de oposição ao uso da fauna como recurso natural renovável. A dúvida instalada na opinião pública corre o risco de transformar-se em preconceito.
Está provado também, que só existem animais para caça onde existem caçadores, pois são eles que, com pesados investimentos, mantém a fauna cinegética (para caça). E indiretamente beneficiam as espécies nativas, pois além da preservação do ambiente natural, são incrementados alimentos direcionados a estes animais, que favorecem todo o ecossistema preexistente.
A exemplo da ARGENTINA, os animais exóticos foram introduzidos no início do século, por caçadores interessados em aumentar a fauna cinegética pobre do centro sul do país. Em estado selvagem estes animais foram se desenvolvendo, até terem uma população, que permitisse o abate de quantidade que não afetasse os rebanhos.
O BRASIL é um dos poucos países do mundo onde a ameaça de extinção de espécies nativas é iminente, justamente porque aqui, exceto o RIO GRANDE DO SUL a caça é proibida.
Caça-se legalmente em toda a AMÉRICA, EUROPA, ÁFRICA, ÁSIA e OCEANIA. E em nenhum país a fauna cinegética esta ameaçada de extinção.
A caça amadora é no mundo inteiro uma atividade sadia, preservacionista e muito lucrativa.
CAÇA NA AMÉRICA DO SUL
ARGENTINA
Graças a introdução de espécies exóticas, anualmente mais de 250.000 pessoas, entre Argentinos e Estrangeiros, caçam cerca de vinte espécies liberadas para abate, e quinhentos milhões de dólares são gastos nesta atividade.
No início do século um caçador, Don Pedro Luro, importou cervos da Europa Central. Alguns anos depois vieram javalis, antílopes, cabras e carneiros selvagens, incrementando a fauna cinegética deste país.
Hoje as fazendas de caça na ARGENTINA, URUGUAI e CHILE são famosas, atraindo turistas caçadores do mundo todo, que vêm em busca de bons troféus. Esta atividade representa o maior aporte financeiro para a preservação dos Parques Nacionais e cuidados com as espécies nativas. Um Safari na AMÉRICA DO SUL pode proporcionar aos caçadores até dez troféus por excursão.
CAÇA NA AMÉRICA DO NORTE
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Neste país o esporte tem números impressionantes: mais de 14 milhões de Norte Americanos caçam; 25 bilhões de dólares ano giram em torno desta atividade. Nos últimos cem anos a população Norte Americana cresceu quatro vezes, enquanto que a do cervo da Virgínia aumentou vinte vezes, devido ao manejo da caça. Lá caçam-se várias espécies de aves, cervos, veados, antílopes, pumas e ursos.
No estado de Nova York, são caçados duzentos mil cervos por temporada. Neste mesmo estado um milhão de licenças de caça são emitidas anualmente pelas autoridades.
Ganham com isto os fazendeiros, gerentes de caça, entidades preservacionistas, governo, turismo, fauna e todos que estão direta ou indiretamente ligados a esta atividade como fabricantes e comerciantes de artigos para caça, (vestuário, armas, munições, veículos, hotéis e etc.) Nos Parques de Caça, também existem espécies exóticas oriundas da Europa, Ásia, e África.
A cada dia, esportistas do tiro dos EUA contribuem com mais de 3 milhões de dólares para os esforços de conservação da vida selvagem. Isto significa uma média anual de 1,5 bilhões de dólares. Desde que estes programas começaram em 1930, pescadores e caçadores já desembolsaram mais de 17 bilhões de dólares. Somente os caçadores são responsáveis por mais de 380 mil empregos diretos. Para cada dólar de outros impostos que é destinado à conservação da vida selvagem, os caçadores contribuem com 9 dólares.
No ano de 1994, enquanto fundos federais para manejo cinegético nos EUA participaram com 9% (153 milhões de dólares) licenças de caça e pesca geraram 53% (904 milhões de dólares) do total arrecadado. De maneira geral, chegou-se à conclusão de que caçadores e pescadores dos EUA contribuem com mais de 75% do total destinados a programas de conservação da vida selvagem. (National Shooting Sports Foundation- 1996)
CANADÁ
Quinze por cento da população Canadense se dedica à caça. Porém, o contingente de caçadores estrangeiros é de igual número.
Ursos, Alces, Carneiros da Montanha, Cabras e Caribús são a fauna cinegética deste país, sem o menor risco de diminuição dos contingentes.
ALASCA
A caça é uma das principais atividades econômicas deste estado Norte Americano, onde comunidades inteiras se dedicam a esta atividade, recebendo esportistas do mundo todo. O controle faunístico é realizado pelo governo e gerentes de caça (outfitter).
EUROPA
Antigamente o esporte de caça era privilégio dos nobres, hoje está ao alcance de todos, um décimo da população Européia caça. Um sem número de lojas especializadas fornecem aos caçadores desde o calçado até a mais fina arma ou veículo. Em países destruídos por guerras, como a ALEMANHA, caça-se mais e com mais abundância de fauna, hoje que a cem anos atrás. Na ESPANHA os Cotos De Caza estão localizados próximo aos grandes centros como Madri (50 Km.).
Nas auto-estradas Européias são construídos túneis para que os animais atravessem de um lado ao outro da pista sem serem atropelados.
Dez bilhões de dólares entram na economia da comunidade européia, anualmente, devido a atividade de caça.
ÁFRICA
Este continente abrange a fauna mais rica, em espécies, do mundo inteiro.
Nos países mais desenvolvidos como a ÁFRICA DO SUL, ZIMBABWE, BOTSUANA e NAMÍBIA a caça é gerenciada pelo governo e por particulares. A caça esportiva na África é vinte vezes mais lucrativa que a criação de gado. Nas imobiliárias locais os anúncios tem como atração a venda de fazendas com a descrição da sua fauna, pois são valorizadas de acordo com o seu potencial de caça.
O governo da TANZÂNIA, encontra na caça esportiva uma fonte de receita das mais expressivas para o país, bem como a solução para a preservação dos leões e elefantes no Selous Game Reserve, que é o maior Parque do mundo, com cinco milhões de hectares exclusivamente para caça.
No QUÊNIA, onde até 1995 a caça era proibida, um sem número de espécies corriam o risco de desaparecimento, entre elas o elefante, devido a intensa atividade de contrabandistas de marfins. Em 1996 foi reaberta a caça legal, como meio de preservação da fauna daquele país.
Vitor Nora
Advogado e Diretor da Savage Adventures
Carlos Guimarães
Médico
http://www.savageadventures.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=61%3Acaca&catid=48%3Ainformativo&Itemid=59