Dirigente considera que não há falta de meios, mas sim falta de coordenação que põe em risco a vida dos bombeiros.
A Associação de Bombeiros Profissionais diz que a estratégia de combate aos incêndios está errada. Fernando Curto alega que não há falta de meios no terreno, mas falta de coordenação que põe em risco a vida dos bombeiros.
“Nós não podemos sacrificar bombeiros por meia dúzia de pinheiros ou eucaliptos, que são do Estado ou de privados que não tomam contam deles. Depois pomos os bombeiros a extinguir estes incêndios correndo risco de vida… deixem arder”, disse à Renascença.
“É preciso repensar urgentemente a estratégia de comando. Os incêndios estão a ocorrer, segundo as imagens da televisão, em locais íngremes e de difícil acesso. Como é que um bombeiro pode, num curto espaço de tempo, fugir ou salvaguardar-se se de facto houver mudança de vento ou uma situação anormal de temperatura”, questiona Fernando Curto.
A acusação surge um dia depois de uma jovem operacional ter morrido no combate a um incêndio na Serra do Caramulo. É a terceira vítima mortal no último mês. Neste caso, uma mulher que pertencia à corporação de bombeiros de Alcabideche.
Há um quarto internado em estado grave na unidade de queimados Hospital de São João, no Porto, com "prognóstico muito reservado", disse à Lusa fonte hospitalar.
Mais de 900 bombeiros no terreno Há sete incêndios activos em Portugal, sendo os distritos de Viseu e Vila Real os mais afectados.
Mais de 900 bombeiros estão envolvidos no combate às chamas.
Só na quinta-feira, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou 235 incêndios, que foram combatidos por 4.047 operacionais, com o auxílio de 1.085 veículos.
Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=119328